O ovo é um alimento extremamente rico em nutrientes. Muito se fala que é um dos mais completos do mundo. Além disso, é um produto com valor acessível, é versátil no preparo e na culinária. Um ovo possui, aproximadamente, 6 gramas de proteína, sendo que 2,7 gramas estão na gema. É uma excelente fonte de vitamina A, D, E, B12, além de leucina, um aminoácido essencial que tem ganhado cada vez mais atenção por estimular o desenvolvimento muscular. Além disso, ele contém ácidos graxos, mono e poli-insaturados – que atuam na produção de hormônios e anticorpos.

Mesmo com tantas propriedades benéficas e com vários estudos realizados demonstrando nas últimas décadas que o consumo de ovos não faz mal à saúde, não podemos exagerar na dose, o bom senso é sempre bem-vindo.

Mas afinal, quantos ovos podemos consumir por dia?

Se antigamente os ovos eram vistos como vilões, hoje já se tornaram os queridinhos não só dos profissionais da saúde, mas também dos que cultivam a boa forma física. Segundo nutricionistas, duas unidades correspondem a 20% das recomendações (RDA) diárias de proteínas necessárias.

A quantidade de gordura saturada e colesterol presentes na gema do ovo não interfere diretamente no desequilíbrio do colesterol no sangue, se a dieta for equilibrada com as gorduras mais saudáveis. Ou seja, é preciso ficar atento aos outros alimentos que se consome durante o dia, pois eles também entram na contagem diária se possuírem ovo como ingrediente.

Quem compartilha da mesma opinião é a Associação Americana do Coração, que diz que consumir cerca de 1 a 2 unidades diárias pode fazer bem para a saúde em pessoas saudáveis.

Na verdade, muitos estudos já foram realizados, mas não mostraram um consenso exato do número de ovos recomendado para o consumo diário, pois a quantidade precisa ser analisada individualmente, respeitando a rotina e saúde de cada pessoa. É preciso considerar o sexo, peso, idade, doenças associadas e práticas de exercícios.  

No caso das pessoas com diabetes e com problemas do coração, por exemplo, o ideal é que o consumo seja no máximo 1 unidade por dia. Em todos os casos, é importante que o ovo faça parte da alimentação, pois assim é possível manter os níveis de colesterol e glicemia adequados.

Já para esportistas e atletas praticantes de atividades físicas intensas, que tem a clara do ovo como uma aliada, pois a sua ingestão é importante na formação da acetilcolina, um neurotransmissor no sistema nervoso central, cuja liberação inicia o processo de contração muscular, comer 6 ovos não é considerado um exagero, desde que sejam apenas um máximo de três gemas diárias. Mas é sempre bom consultar um nutricionista esportivo.

Resumindo, incluir ovos nas refeições não faz mal à saúde, pelo contrário, pode trazer diversos benefícios, desde que a alimentação total do dia seja equilibrada e saudável. Em todos os casos, é sempre bom consultar um especialista e ficar atento ao preparo do ovo, mas isso já é assunto para um outro artigo.

Até lá!